quarta-feira, 22 de abril de 2015

Inferno Social

foto pescada de Hugo Pontes, no feicebuque, com o comentário "um pouco sobre o tal sistema que pretende 'ressocializar' os jovens". 

 Todas as promessas do nosso sistema social, no que diz respeito às suas funções básicas constitucionais, são falsas.

O sistema prisional é produtor de monstros - destruídos em sua sensibilidade humana -, que irão infernizar a sociedade e bater de frente com monstros - destruídos em sua sensibilidade humana - produzidos pelas forças de segurança do Estado.

Constróem-se mais cadeias pra "conter a criminalidade", mas não se procura a fonte, a origem de tanta criminalidade. Na miséria, na pobreza, na exploração extrema do trabalho com salários insuficientes, não se fala, não se pensa, não se percebe, "vai pra Cuba", dizem os idiotas prisioneiros dos seus condomínios e das suas bolhas, apavorados com o mundo "lá fora".

As causas são fáceis demais de se ver, como seria fácil demais resolver. Se os artigos constitucionais fossem prioridade, apenas isso resolveria. Há condições, tecnologia, transportes, conhecimentos, produção, grana - relativamente pouca - pra acabar com miséria, ignorância, alienação, desatendimento, abandono, pra acabar com essas vergonhas na sociedade.

A principal falta que o povo tem é de respeito. Se o Estado respeitar o povo, a sociedade se harmoniza, supera essas situações primárias que nos prendem ao passado e não nos deixam seguir adiante. Mas seqüestrado como está pelos poderes econômicos, o Estado viola sua lei hipocritamente chamada "máxima", sua constituição, rouba direitos da população pra gerar privilégios pra uma minoriazinha insignificante no contexto social. Encastelados no topo do poder, controlando dali todo o funcionamento da estrutura, com a cumplicidade das marionetes políticas, de altos cargos na "república", de administradores, legisladores, juristas, régiamente pagos, ou propinados, esses vampiros da humanidade espremem o sangue dos povos.

A guerra das empresas contra os povos será ganha pelas empresas enquanto as populações não tomarem consciência de que são enganadas, ignorantizadas, alienadas e condicionadas a comportamentos e valores que constróem e mantêm a estrutura social. Não é à toa que o ensino é inexistente pras camadas mais pobres e enquadrador e violento pras outras camadas. Não é à toa que as comunicações são dominadas por empresas privadas. Não é à toa que se vê o mundo como uma arena competitiva onde é cada um por si e é preciso vencer a qualquer custo. É mentira em cima de mentira pra manter o mundo como é. Muitos sentem culpa por não se adequarem a um mundo inadequável, pensam que têm alguma coisa errada, ou a menos. Faz parte das induções.

Agora investe-se em cadeias. Leitura evidente, sem comentários. A idéia genial é privatizar o sistema prisional, que beleza, haverá incentivos às prisões, planos de metas, prêmios por quantidade de presos, juízes implacáveis ganharão cruzeiros marítimos com suas famílias a cada fim de ano. Cada preso vale uma grana e, de quebra, pode-se alugar o trabalho escravo. O inferno social resultante não afetará os que decidem, em suas fortalezas guardadas por empresas de segurança, seus carros blindados, jatos e ilhas.


Dá uma olhada de novo na foto. Essas são as salas de aula do inferno social. 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

DÍVIDA PÚBLICA - assunto proibido ao público, que é quem paga.



Uma das estratégias de dominação usadas pelos bancos e mega-empresas corporativas que dominam o império estadunidense foi a imposição de dívidas impagáveis. Isso dá poderes sobre os governos, submete os povos à economia ditada de fora, transforma a política num teatro de marionetes sob controle dos mega-parasitas mundiais, mantém a miséria, a ignorância e a criminalidade que infernizam a vida das populações. Não é um modelo aplicado apenas ao Brasil, mas a todos os países em que esses poderes se impuseram - na América Latina, todos os países foram submetidos. Poucos, como o Equador, conseguiram forças internas pra investigar essa dívida criminosa. Ali, onde Maria Lucia Fattorelli foi convidada a participar da auditoria da dívida, se descobriu que mais de 90% da dívida era ilegal. Essa parte foi simplesmente anulada. E nada foi divulgado pelas comunicações dominadas por interesses empresariais, pela mídia privada. Um silêncio retumbante esconde o assunto.



Todos os anos o orçamento nacional é dilapidado em quase metade, coisa de trilhão de reais, no pagamento de JUROS e AMORTIZAÇÕES, sem diminuir a dívida, pra que no ano seguinte se faça a mesma sangria. O resultado vemos na "qualidade" dos serviços públicos, cujas primeiras vítimas são a educação e a saúde, estrategicamente favorecendo a ignorância, a alienação, os planos de saúde e a medicina lucrativa. O livro "Confissões de um assassino econômico", de John Perkins, revela a estratégia de dominação através do endividamento dos países. O autor trabalhou nessa estratégia e, com problemas de consciência diante da deterioração social que viu com o passar dos anos, como conseqüência, escreveu suas confissões.



Nesse filme aparece uma porrada desses esquerdistas mal falados pela mídia - quando são falados, porque de preferência são ignorados e omitidos. São carimbados como malditos, deliberadamente antipatizados. Muitos deles ajudam inconscientemente, com arrogância doutrinária, apegados às suas cartilhas revolucionárias, teorias européias de revolução que não levam em conta nosso valor, nossa formação e nossas referências. Mas as informações que eles trazem são valiosas para o esclarecimento a respeito da nossa estrutura social, na tomada necessária de consciência da realidade pra que se possa perceber a dominação, não só sobre a sociedade como um todo, mas no pensamento de cada um, nos valores, na visão de mundo, nos objetivos de vida, nos desejos, no comportamento geral.



Informações mais que necessárias, fundamentais na formação de opinião e, por isso mesmo, escondidas pelo sistema de comunicações brasileiro, basicamente privado e visceralmente ligado aos interesses banqueiro-empresariais que sugam o sangue do povo de todas as formas.



Divulgue-se.





observar e absorver

Aqui procuramos causar reflexão.