segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Os poderes públicos precisam ser pulverizados.

Experiências diversas em diversos lugares, participação direta na administração dos orçamentos é a seta que  aponta o caminho a seguir, na direção da justiça social, do fim desses abismos sociais - vergonhosos a qualquer um com um pingo de humanidade e senso de coletividade. Sensibilizar, esclarecer, conscientizar, sem arrogância, é um trabalho a ser feito com amor, com coração e ação, com coragem. O trabalho sempre começa dentro, em nossas próprias falhas. Só no reconhecimento das próprias fraquezas é que se trata os enganos e falhas alheios com humildade de irmão. O trabalho fica mais fácil de se fazer, a recepção é parte importante do processo, senão a principal. Os indivíduos fazem as coletividades. E as coletividades fazem os indivíduos. É preciso pulverizar todo o sistema social, tornar os largos, as praças, as quadras, as associações, os centros culturais em locais de conversas, debates e assembléias pra tomar decisões. Trazer à tona informações verdadeiras, investir na construção de uma educação que faça por merecer o nome, num sistema de saúde que atenda a todos, sem exceções, de graça, com remédios a preço de custo e de graça pra quem não puder pagar. Educação e saúde, não se privatiza. Empresas priorizam lucros, não vidas, disso temos exemplos a perder de vista, toda hora, em toda parte. Remoções, massacres, expulsões de povos originários, grilagem, saques mineiros, extrações poluentes, mortes, doenças, venenos agrícolas, venenos nas indústrias de alimentos, temos tristes estatísticas não divulgadas porque, afinal, os meios de comunicação também são... empresas. No entanto, a sabotagem do sistema de ensino público, controle do privado, em combinação com a influência quase irresistível da mídia, mantém a maior parte da população longe de tomar consciência da realidade e do próprio poder de interferir nela, perdida entre desejos de consumos e ostentações, emoções transferidas pra novelas, pancadarias, futricas e futebóis. Penso que é uma estratégia calculada e muito bem armada. E que é preciso caminhar na direção contrária. Creio estarem crescendo, pouco a pouco, movimentos neste sentido. A conscientização será a base desta construção pra que todos, ou quase todos, decidirão o que fazer na administração pública. Ainda é longo o caminho, o objetivo do momento é caminhar.

O filme tem 16 partes, diversificadas em lugares e acontecimentos, mas sempre experiências coletivas de participação nas tomadas de decisão do poder público. Não consegui achar completo. Mas é essencial demais pra não ser divulgado. Assisti assim e deu tudo certo.


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